domingo, 26 de outubro de 2008




Bolsa de mão = 32 euros
Comida para uma semana = 4 euros

Só para refletir um pouco.

sábado, 18 de outubro de 2008

Amigo Fura Olho
Latino feat Daddy Kall


[Daddy Kall]
Quando as coisas tem que acontecer
Elas simplesmente acontecem

[Latino]
E a gente tem que compreender
Daddy Kall

[Daddy Kall]
Latino...Daddy Kall, capitão musical
É desse jeito, é desse jeito
Vamos com tudo então

[Latino]
se liga aí! Come on! Come on! Yeah!
Essa é pra pensar

[Latino]
Amigo... é uma loucura
Tô vivendo uma aventura castigada pelo amor
Um labirinto sem saída
Onde o medo se converte em tanta dor
Vivo um triângulo

[Daddy Kall]
Amigo... a relação com a minha mina
Nunca foi espinho e flor
Mulher perfeita toda uma beleza meiga luz
Do Arpoador... e a minha vida tem cor (tem cor)

[Latino]
Amigo... ela só que me encontrar escondida
alimentando
esse amor
Mesmo sabendo que no fundo
Tenha dono que eu quero ser seu protetor
Vivo um triângulo

[Daddy Kall]
Irmão, tu tem que lutar por amor
[Latino]
Não me aconselha isso por favor
[Daddy Kall]
O marido dela não manda em seu coração
[Latino]
Você não sabe um terço dessa confusão
[Daddy Kall]
Irmão, tu tem que lutar por amor
[Latino]
Não, não me aconselha isso por favor
[Daddy Kall]
O marido dela não manda em seu coração
[Latino]
Você não sabe um terço dessa confusão

[Daddy Kall]
Minha mina e eu
Somos felizes, duas almas matrizes
Sei o que é o amor
Por isso te entendo
Ela tem compromisso e você tem temor
Não desista amigo!

[Latino]
Amigo.... ela já sabia que era loucura toda essa
pegação
Mas é que a carne falou bem mais alto que a nossa
razão
Vivo um triângulo

[Daddy Kall]
É o que eu falei... se existe verdade
Esse sentimento tem que vencer
E o marido dela querendo ou não terá que entender
Alguém tem que perder

[Daddy Kall]
Irmão, tu tem que lutar por amor
[Latino]
Não me aconselha isso por favor
[Daddy Kall]
O marido dela não manda em seu coração
[Latino]
Você não sabe um terço dessa confusão
[Daddy Kall]
Irmão, tu tem que lutar por amor
[Latino]
Não, não me aconselha isso por favor
[Daddy Kall]
O marido dela não manda em seu coração
[Latino]
Você não sabe um terço dessa confusão

[Latino]
Aí irmão... a parada é entre nós
De amigo pra amigo

[Daddy Kall]
Fala aí!!!
Qual é a parada?

[Latino]
Amigo de verdade conta tudo

[Latino]
Vou te dar uma idéia amigo foi mal
A minha atitude foi irracional
Instinto animal, fora da lei
Tanta tentação que eu não agüentei
O papo é reto eu não vou te enganar
Estou arrependido e não dá pra voltar
Amigo, perdão faça o que quiser,
Mas eu te confesso, eu peguei tua mulher...

[Daddy Kall]
O que?

[Latino]
Sai com tua a mulher;
Eu sai com a tua mulher;
Eu sai, sai, sai, sai, sai, sai...

[Daddy Kall]
Que Deus te perdoe, eu não vou perdoar
Em momento algum se pôs no meu lugar
Já vi que tudo era mentira quando ela me dizia
Que ia pra Maresias, viajar com sua amiga... me
enganou!
Você e ela numa cama... fazendo amor...
De Ilha Bela à Salvador
Quantos lençóis ela sujou?
Desprezou nós dois...

[Latino]
Amigo... quem mais sofre com tudo isso sou eu...

[Daddy Kall]
Uma traição...

[Latino]
Perdi um amigo pro fantasma da tentação.
Perdão!!!

[Daddy Kall]
Fui!!

Olá. Essa é a nova música de Latino, Amigo Fura Olho.A música mostra muito uma verdade no ser humano. Com o outro pode acontecer tudo e tudo é certo, não sou eu mesmo, mas quando é comigo, contra mim, não pode. Está faltando alteridade. Se as pessoas se colocassem no lugar da outro o mundo seia mundo melhor.Como diz Frei Betto "Quanto menos alteridade existe nas relações pessoais e sociais, mais conflitos ocorrem". Se eu me colocasse no lugar de uma mulher negra, de um sem teto, que passa fome e ect. com certeza eu não deixaria acontecer o que acontece com eles.Bom a mensagem era essa. Espero que cada um de nós tem mais o poder de alteridade.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008



“O” QUADRO
Clarice Giuberti Bathomarco


Era uma manha de verão, Jean Baptiste Debret observava a linda paisagem vista da sua janela. Dali ele via as mais belas praias e construções do Rio de Janeiro. E foi daquela janela que ele começou a viajar no seu passado. Lembrou de 14 anos atrás, quando desembarcou no Brasil junto com a família real. Ele pensava que naquela época deixar sua cidade, Paris, para vir para cá seria bom.
Por isso, chegou no Brasil cheio de entusiasmo. Em 1816, por fazer parte da Missão Artística Francesa, fundou no Rio de Janeiro uma academia de Artes e Ofícios, que mais tarde virou Academia Imperial de Belas Artes. Nessa mesma academia ele lecionou pintura.
Porém, o tempo foi passando e ele começou ficar exausto de tudo. E chegou certo dia em que compartilhou tudo isso com um amigo da Missão.
- Acho que meu tempo de ficar no Brasil já se esgotou – disse Debret
- Nossa! Mas o Brasil é um lugar tão lindo. É uma fonte de inspiração.
- Isso é verdade. O Brasil tem paisagens maravilhosas, mas quero pintar coisas diferentes. Esse país já está como um lugar normal para mim. O que mais quero agora é voltar para minha Paris, lá será melhor para mim.
Eles ficaram conversando por um tempo. O amigo de Debret realmente não queria vê-lo tão desentusiasmado como ele estava. Ele queria que Debret fosse para Paris com um grande marco do Brasil no seu coração. E com isso teve uma idéia e resolveu conversar com Debret:
- Amigo, achei um motivo para você ficar no Brasil.
- Obrigado amigo, mas acho isso meio difícil – disse Debret desentusiasmado.
- Bom você realmente vai gostar. Eu já acertei tudo com a Missão Artística. Você terá como último trabalho ir para Mata Atlântica fechada e ficar dois meses lá com uma aldeia indígena.
- Depois poderei voltar para Paris?
- Poderá sim.
Debret não gostou muito da idéia, ele queria mesmo era voltar para França, mas não demonstrou isso para o amigo. E como depois desse acontecimento ele poderia ir para sua casa resolveu aceitar a proposta do amigo.
Chegou na mata bem cedo e os índios já estavam todos acordados. A primeira cena que Debret viu foi os índios se pintando, uma índia amamentando, crianças brincando e os outros fazendo comidas e seus afazeres. Quando os índios viram Debret foram todos dá atenção para ele. Ele foi muito bem recepcionado.
Os dias foram se passando e ele já estava acostumado e admirado com a vida daquele povo. Já se sentia parte da família. Fazia tudo que os índios faziam. Debret não via o tempo passar, esqueceu da sua vida antiga. Parecia que ele tinha nascido de novo, era outra pessoa, tinha se renovado. Mas o tempo passou, passaram- se os dois meses propostos para ficar ali. Ele gostou tanto daquele lugar, povo e cultura que resolveu ficar mais um pouco.
Porém chegou uma hora que ele tinha que ir embora, pois tinha uma vida fora daquele lugar e coisas para fazer. Ele iria embora, mas jamais esqueceria o tempo que passou ali. E quando ele realmente estava indo embora de manhã cedo percebeu que não havia pintado nenhum quadro. Quando ele olhou para aquele lugar viu a mesma cena que viu quando chegou na aldeia. Logo veio a idéia de pintar aquela cena, e foi isso que fez. Era uma oca com animais, crianças brincando, índios sendo pintados, uma índia amamentando, homens indo caçar e algumas índias cuidando dos filhos e fazendo a comida. Aquela cena representava muito bem a vida dos índios e o que eles fizeram naqueles meses.
Debret acabou de pintar o quadro e recebeu uma surpresa dos índios: uma comemoração para ele. Os índios gostaram muito de Debret. Depois daquela festa ele foi para sua casa em Paris. Ele partiu muito feliz e como o amigo falou: “com um grande marco do Brasil na sua vida”.
Em Paris continuou sua vida. Um bom tempo depois seu filho perguntou-lhe a historia daquele quadro e Debret contou. E ainda acrescentou:
- Esse é para mim o mais importante e mais belo quadro que eu pintei.
- Realmente é lindo. Mas pai, por ser tão lindo ele passou em poucas exposições e ainda não foi vendido!
- Eu tenho certo ciúme desse quadro. Já me ofereceram muito dinheiro por ele, mas nunca aceitei.
- Certo. É por isso que esse quadro é o único que o senhor tem aqui em nossa casa!
- Exatamente. Esse quadro é muito significativo para mim. Ele me faz lembrar os tempos que fiquei naquela aldeia, minha melhor experiência! Ele é “o” quadro.




Esse é o meu conto da imagem. Um texto bem diferente diferente do que tenho postado aqui.