terça-feira, 16 de setembro de 2008

Analíse Critica de uma capa de revista.


Publicidade = Esperteza
Clarice Giuberti Bathomarco

Quem nunca parou para pensar na esperteza das propagandas e da publicidade em geral. É o jogo de palavras, imagens, sons, cores, a escolha lexical ... Isso tudo faz que fique na nossa cabeça “lembranças” que façam lembrar sempre a marca e faz a gente comprar. Na revista acontece à mesma coisa. Analisando uma capa de revista, você fica “abismado” como está tudo no local certo, as palavras e as imagens certas. Isso nos faz ver faz ver como a publicidade é “esperta”.
Na capa da revista Época, número 5381, de 8 de setembro de 2008 vemos esse jogo. O assunto principal é dos grampos telefônicos, assunto bastante na mídia atual graças à descoberta de conversas bastante comprometedora de juízes, empresários e políticos. Há um foto de uma boca de uma pessoa no telefone e meio que escondendo o telefone, parecendo que está contando para a outra pessoa da linha um “segredo”. Essa imagem liga diretamente com os grampos telefônicos, pois esses revelam conversas que “nunca” era para ser reveladas, que eram “segredos”. Além disso a imagem ta preta e branca e parecendo fotos quando divulgadas na televisão que não quer aparecer o rosto, bem embaçada, que é de novo a questão com o escondido, o segredo.
A revista está sem colorido, pois a imagem é preta e branca. Nós temos o nome da revista com vermelho, preto e um mundo para destacar bem o nome da revista. Na capa vem escrito o título principal: Por dentro da Grampolândia.
“Por dentro da” vem em branco, e “Grampolândia” vem em amarelo e com as letras bem grandes e grossas em comparações com as outras letras da capa. O que chama bastante a atenção. Mais em baixo temos “Exclusivo” em amarelo de novo e maior que a frase que se encontra depois. São cores e tamanhos que chamam muita atenção de uma pessoa que está passando e vê a capa.
A revista é muita esperta na escolha de palavras, na escolha lexical. A grande palavra em destaque é Grampolândia. Mas grampolândia é um neologismo, pois essa palavra não existe de verdade. A revista junta Grampo, que se remete aos grampos telefônicos, com lândia, que vem do inglês land, que significa terra. Essa junção é muito usada. Assim seria por dentro da terra dos grampos, por dentro do esquema dos grampos.
O subtítulo, que vem logo depois de Por dentro da Grampolândia e está com letras menores e brancas, diz assim: “O universo clandestino e milionário dos arapongas que ameaçam juízes, empresários, políticos e mais de 5 milhões de brasileiros, entre eles a família do presidente Lula – e também a sua”. Ela acusa os juízes, empresários, políticos a estar ligados com ações erradas, e essas conversadas por telefone, que serão descobertas por causa dos grampos telefônicos. E como muitas revistas fazem e essa também faz, que é sempre ligar escândalos com o presidente Lula, e ela faz isso falando que os grampos telefônicos também ameaçam a família de Lula.
Uma grande jogada dessa revista é que ela também acusa você! Isso pois no final do subtítulo depois de falar que os grampos telefônicos ameaçam a família do Lula, ela coloca “– e também a sua”. A revista faz você até ficar com certo medo. E esse pode levar a você se questionar, como esses grampos telefonicos podem acontecer , o que acontece com o que foi descoberto... E isso te faz comprar a revista para ler a reportagem e saber de tudo, atingindo o principal objetivo da revista. São pequenos detalhes que mudam tudo. A publicidade, as revistas, jornais, mídia são muito espertas, mas cuidado para eles não enganarem e dominarem você.



Gostei muito de fazer a análise dessa capa e revista. Me abriu os olhos para várias coisas. Esepro que vocês comentem aqui também, falem se descordarem de alguma ponto e acresente o que você quiser acresentar. Aqui o espaço está aberto.
Até mais

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